Sempre fui gordinha, desde pequena. Em minha adolescência fiz mil dietas. Até emagrecia, mas depois voltava a comer igual uma maluca e engordava tudo de novo. Quando engravidei, pesava 86 kg e fui para 116 kg. O problema é que depois que o João Vitor nasceu eu continuei gorda, com 100 kg.
Para ajudar, nove dias depois que meu bebê veio ao mundo, meu marido nos abandonou. Eu chorava e não sabia se era porque meu casamento tinha acabado ou se porque estava obesa. E eu afogava as mágoas, claro, na comida.
Como trabalho em uma escola, me empolgava com as crianças e comia muita besteira. Mas muita mesmo. Todo santo dia tomava refrigerante e comia chocolate. Fora os pãezinhos de queijo, as esfihas, os Toddynhos… Minha conta na cantina dava R$ 120 por mês!
Reduzi o que comia pela metade!
Nem o blazer do uniforme da escola fechava mais em mim. Aliás, roupa nenhuma me servia e eu não tinha dinheiro pra comprar novas. Me sentia tão mal que chegava a ter vergonha de sair de casa. Sabia que ninguém ia olhar pra mim. Mas a gota d’água foi quando uma colega pediu que tirássemos uma foto juntas. Quando vi a tal fotografia revelada quase caí pra trás. “Pelo amor de Deus! Eu começo uma dieta amanhã!”, pensei.